
O Fundo Monetário Internacional exclui um cenário de recessão económica mundial em 2023. Segundo a presidente do Banco Central Europeu a atividade da Zona Euro abrandou face a 2020, mas será “bem melhor” que o previsto. Christine Lagarde insiste em manter a política monetária e em subir os juros diretores, uma vez que os valores da inflação continuam elevados.
No Fórum Económico Mundial de Davos, a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, descartou o cenário de recessão global em 2023. Ao mesmo tempo, foi cautelosa quanto à recuperação da economia global nesteano, enfatizando que não acredita que haverá uma recessão. Prevê-se uma “melhoria dramática” em relação à atual previsão de crescimento de 2,7 por cento. Especialmente porque a inflação atual, embora “ligeiramente melhor do que há alguns meses”, é incerta devido às contínuas interrupções na cadeia de suprimentos no comércio global causadas pela guerra na Ucrânia. De qualquer forma, “a inflação melhorou e continuou na direção certa”, admitiu Kristalina Georgieva na sexta-feira, 20 de janeiro.
Também na Europa, Christine Lagarde rejeitou o cenário de recessão. Isso porque as notícias sobre a atividade econômica da zona do euro têm sido “muito mais positivas” nas últimas semanas. Assim, este ano não se espera que seja “ótimo, mas muito melhor do que se temia”, disse na altura a presidente do BCE. A sua previsão foi baseada no facto de o mercado de trabalho europeu “nunca ter estado tão dinâmico” e o número de desempregados estar “no seu nível mais baixo dos últimos 20 anos”, sublinhou.
A Comissão Europeia prevê que o produto interno bruto (PIB) se contraia tanto na zona euro como na União Europeia no último trimestre de 2022 e nos três primeiros meses de 2023, antes de recuperar no final do ano.