
O principal desafio a nível internacional neste momento é o combate à inflação.
A Proinvest, através de uma análise da situação económica, prevê que exista uma elevada incerteza sobre o futuro ao nível económico, tanto no contexto de Portugal, tanto como no contexto internacional. Segundo as novas projeções do FMI, é apontada uma travagem a nível do crescimento na Europa no ano que se segue.
“O pior ainda está por vir, e para muitas pessoas 2023 vai parecer uma recessão”, avisa Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe da instituição, no relatório.
De acordo com a previsão de crescimento económico de 1,3% pelo Orçamento de Estado, o que contrasta com a previsão feita pelo FMI de 0,7% a nível nacional. Alemanha e Itália apresentam um cenário mais pessimista de 0,5%, o que apresenta uma recessão económica.

A nível nacional, o Produto Interno Bruto (PIB), prevê-se um crescimento económico em 2023 de 6,2%. O ano de 2023 deverá ter uma taxa de inflação de 4,7%. É esperado, no entanto, que Portugal apresente um dos défices mais baixos, e que saia do clube do rácio de endividamento mais elevado da zona euro, com um peso de 105,3% no PIB.
A inflação no próximo ano será motivada principalmente pela subida da alimentação e da energia, duas despesas que presentaram o nosso país com uma taxa de inflação de 8,3% em 2022.
Some-se a isso o grande problema dos incrementos dos preços, que ao que tudo indica permanecerão elevados, com inflação de 4,7%. Este indicador, aliado a outros fatores, é motivo de preocupação. O forte abrandamento reportando pelo OCDE, para o qual o nosso país alerta desde setembro, afeta diretamente o orçamento familiar e o tecido empresarial.